Katia Di Giaimo
22 de jul de 20173 min
Atualizado: 9 de out de 2020
Ser um empata não é tão complicado e nem tão trágico como algumas publicações equivocadas podem lhe fazer acreditar. Pelo contrário, a empatia é algo que chega naturalmente para todos os seres humanos. Nós a sentimos. E nós compartilhamos um espaço emocional com aqueles que nos rodeiam, tanto quanto compartilhamos o espaço físico. A necessidade natural de nos conectarmos com outras pessoas desenvolveu um modo para que possamos sentir o que os outros sentem. Isso nos ajuda a funcionar como uma unidade, ao invés de apenas individualmente, e nos possibilitou formar sociedades.
Boa parte dos artigos descrevem o Empata a um nível extremo de emoções e energia sensíveis. No entanto, todos podemos sentir emoções e energias em diversos níveis. A capacidade de ser Empata aumenta à medida que a consciência aumenta como um indivíduo. Ou seja, conforme crescemos e evoluímos espiritualmente nos tornamos mais abertos a essas sutis realidades a nossa volta. Mas este é um conceito que confunde muitas pessoas que, talvez, não estejam prontas para a simplicidade, ainda que em sua enormidade, desse passo.
E a lógica por trás disso, dizem eles, é que quando você está exposto a movimentos de extrema emoção, é como se não pudesse evitar a instabilidade; Mas a realidade é contrária a isso. É como dizer que levantar pesos mais pesados no colégio faz seus músculos menos fortes. Essa Empatia, na realidade, ajuda a ser mais estável e firme, apesar dos sentimentos elevados. E é exatamente esse “aumento do peso” da emoção que “constrói o músculo” emocional para ser mais forte. Mesmo quando inexperientes como Empatas, há pessoas que passam por mudanças rápidas, muitas vezes canalizam essas flutuações para alimentar a sua criatividade. Talvez já tenha notado que a maioria dos artistas são pessoas que “sentem” o mundo à sua volta um pouco além dos demais.
A Empatia é como uma porta que abre a sua mente e a mantém aberta. Ninguém que tenha visto a luz do outro lado, quer fechá-la. Às vezes, sentir demais pode ser algo esmagador, assim como fazer muitas coisas que continuamos fazendo apesar de também nos sobrecarregarem. A evolução do Empata é resultado natural da evolução espiritual, não é uma anomalia, ou um interruptor que você pode ligar e desligar quando quiser. Assim como você não se esquivou de aprender o seu idioma porque você poderia ficar vulnerável ao fato de que as pessoas poderiam te ferir com palavras, o mesmo ocorre com o Empata. Quanto mais você se tornar Empata, mais você pode entender as emoções faladas, ou não.
A verdade não poderia estar mais distante! Em primeiro, os Empatas compartilham e não são sanguessugas das pessoas com quem estão. A conexão é um fluxo de energia para ambas as partes envolvidas, e não um dreno. Em segundo, os Empatas não precisam de pessoas para que possam satisfazer suas necessidades sentimentais. Eles apenas têm uma sensação maior dos sentimentos. Se você, por exemplo, tem um senso olfativo mais elevado, não quer dizer que você vá se tornar dependente de tudo que emane cheiros.
Mesmo que sentir demais as emoções possa estabelecer um limite entre você e as pessoas, esse limite não é obrigatório. Isso não significa que as pessoas só querem te usar. A maioria das pessoas ao seu redor, provavelmente, apenas queiram estar na sua companhia e essas pessoas podem entender quando você precisa aplicar limites mais intensivos em seu estilo de vida. Eles ainda serão seus amigos e você não precisa afastar as pessoas. Afinal, ser Empata é sobre ter conexões e pontes, não paredes entre as pessoas.
Traduzido por: Renata Sommer Fonte: http://www.lifecoachcode.com