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Exposição nas redes sociais

Atualizado: 31 de out. de 2020



A vida na prática não é simples ou fácil. Além das múltiplas tarefas e compromissos assumidos diariamente, ainda tentamos "dar conta" de tudo que se passa no mundo virtual e nas redes sociais.

Parece brincadeira, mas não é: o mundo virtual tem invadido de forma acintosa nossas vidas. No futuro talvez sejamos capazes de observar e analisar com maior clareza as consequências do que está acontecendo hoje. Isso deve ocorrer, inclusive, pela constatação de como esse nosso "modus vivendi" afeta e seguirá impactando a vida e a concepção de mundo de nossos filhos e netos.

De qualquer forma, essa é a realidade que estamos vivenciando agora. E não sendo possível ignorá-la, é necessário aprender a lidar com essa nova situação, que infelizmente tem sido motivo de muitos enfrentamentos nas redes sociais, por vezes violentos e estéreis, com disputas políticas, religiosas, sociais etc. Brigas que acontecem quase sempre em defesa de determinada ideologia, sem espaço amistoso para a coexistência de visões de mundo diferentes e plurais - o que, aliás, é natural haver em qualquer tempo e sociedade.


Para nossa reflexão de agora, gostaria de destacar também o avanço de outro fenômeno intrigante: a escalada de uma vasta gama de ofertas para compras de produtos e serviços, com o agravante das "promessas com soluções mágicas" para qualquer tipo de problema. Repare que as abordagens para esse comércio geral e irrestrito estão cada vez mais diretas, insistentes e insidiosas, uma espécie de "marketing agressivo de vendas" que desconsidera noções fundamentais de qualidade, ética e respeito.


Com um olhar mais atento, percebe-se que quase tudo quer levá-lo a "gastar dinheiro". E não me refiro apenas aos itens que já estamos mais ou menos habituados a encontrar oferta abundante, como roupas, sapatos, bolsas, perfumes, comida, eletrônicos e tantos outros dessa infindável lista disponível na "vitrine" do mercado. Como já apontei acima, o agravante dessa questão é que, atualmente, na ânsia de se explorar comercialmente qualquer nicho de mercado na internet, multiplicam-se as ofertas de produtos e serviços associados, por exemplo, a temas como autoconhecimento, espiritualidade, terapias alternativas ou qualquer outra abordagem capaz de, por meio da exploração de carências e fragilidades individuais, "vender gato por lebre".

Levante a mão quem nunca comprou, via internet/redes sociais, um curso online, mapa astrológico, atendimento com técnicas holísticas ou qualquer outra coisa, mas a entrega dessa "encomenda" foi uma verdadeira decepção?

Quem já não se frustrou com uma experiência dessas, porque esperava muito mais?


Muitos só querem encontrar "um nicho pra chamar de seu", ganhar muito dinheiro sem fazer grande esforço. É triste, mas parece ser essa a estratégia do momento.


Na prática, hoje não "desgrudamos" do aparelho celular pra praticamente mais nada. Tudo o que precisamos parece estar nele: operações bancárias, contatos, e-mails, agenda de compromissos, fotos notícias, aplicativos que ajudam no dia a dia, e por aí vai. Uma lista gigante que só aumenta. Isso sem contar as redes sociais: WhatsApp, Telegram, Facebook, Instagram, Twitter, Skype, Zoom, Hangouts... Haja tempo e cabeça para inumeráveis coisas a olhar/checar, tantas tarefas por realizar.

No filme "O Dilema das Redes" (The Social Dilemma, EUA/2020) a situação parece ainda mais assustadora. O documentário, disponível na Netflix, analisa o papel das redes sociais e os danos que elas causam à sociedade. Com 1h34 de duração, o filme (dirigido por Jeff Orlowski) sugere haver uma manipulação de tudo que julgamos gostar e querer adquirir (pela captação de informações pessoais, rastreamento de nossos "passos"/tendência de cliques no mundo virtual). Por essa hipótese, bem fundamentada no filme, nós seríamos induzidos, como "marionetes", a entrar em determinados sites, fazer buscas e compras pré-dirigidas e toda gama de outras "loucuras" que se possa ou não imaginar.


Por conta disso tudo, é preciso repensar alguns de nossos conceitos e atitudes, na tentativa de um melhor entendimento e adaptação às novas formas de se sobreviver nesse "mundo da internet".

Podemos até pensar que estamos sós, que ninguém está vendo por onde "navegamos" e o que fazemos no universo virtual. Grande engano acreditarmos nisso. Estejamos sempre atentos! Procurando adotar diretrizes mais assertivas para o uso da internet com mais consciência e, oxalá, sabedoria.


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No vídeo abaixo, Márcia Abade, da Rádio Remix Exotera e a terapeuta Katia Di Giaimo conversam sobre o filme "O Dilema das Redes" (EUA/2020), que está disponível na Netflix. Durante a conversa, as duas também refletem sobre:

- Exposição pessoal nas redes sociais e consequências

- Mudanças que acontecem nas nossas vidas e os enfrentamentos que precisamos fazer

- Aprendizado para sobrepor medos

- Experiências pessoais em locais com energias nocivas e dicas de como sustentar energia em cidades e países.


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