Segue esta matéria dividida em duas partes, aqui está na visão da Umbanda, mas tem informações bem interessantes, como sempre gosto de compartilhar várias ideias. Vale a leitura e aprendizado.
MEDIUNIDADE "ESPONJA" PARTE I
Com esse nome "batizei" o tipo de mediunidade sobre o qual discorreremos abaixo.
Quantos de nós em começo de desenvolvimento ou mesmo muito depois, lidamos com esse fenômeno e não sabemos exatamente como ele ocorre e, principalmente, como lidarmos com ele sem que saiamos afetados mais ou menos seriamente?
Bem! Para quem ainda não sabe o que vem a ser a mediunidade "esponja", devo explicar que é um fenômeno através do qual o médium sente em seu próprio corpo as sensações que uma outra pessoa sente no seu, a ponto de até, às vezes, acusar em exames específicos, o mal que absorveu de outrem. É como no caso em que você recebe uma pessoa em sua casa, Terreiro, etc e, mesmo num "papo amigável" vão-lhe sendo contados os inúmeros problemas que a acompanham. No caso de você ter esse tipo de sensibilidade, não raramente acaba por sentir "em sua própria pele" todas as sensações que essa pessoa carrega consigo. Desse modo, se essa pessoa está extremamente triste, você passa a sentir uma tristeza que não sabe de onde vem; se ela têm um problema sério no pulmão, você passa a sentir os sintomas da doença que a acompanha e outras coisinhas mais.
É claro que, se isso não acontece com você, pelo menos já ouviu falar por outros.
Vamos tentar ser o menos "científicos" possível para deslindar de uma vez por todas os fatos que causam essas sensações e como lidar com elas no sentido até de salvaguardar sua própria saúde já que, com a continuidade, muitas vezes o que são apenas sensações podem se transformar em verdadeiros males físicos num futuro muito próximo.
Todos devem estar bem lembrados sobre o como chamamos sua atenção para a Aura e como ela pode ser afetada por energias externas, embora ela seja, em princípio, produto de eclosão de energias internas suas, certo?
Se você vem acompanhando os textos sobre mediunidade, Auras, Chakras, etc. aqui postados, com certeza já pode até ir deduzindo de que forma esse fenômeno já estudado pela parapsicologia pode estar acontecendo. Se não, acompanhe então o raciocínio atual que dá para chegar lá.
Partindo-se do princípio de que esse campo energético (Aura) que nos rodeia pode ser atuado por energias externas e, principalmente pelo fato de que nosso Chakra Solar (aquele que tem atuação direta e também atua diretamente sobre nossas emoções) pode nos ligar diretamente ao emocional de outrem, podemos deduzir daí que, ao nos aproximarmos de pessoas que tragam junto a si um excesso de cargas energéticas que se traduzem em doenças, por exemplo, desde que com elas compactuemos ou que por seus problemas nos interessemos sobremaneira (o que acaba nos sintonizado com o mal que a acompanha), automaticamente criamos um elo ou elos de ligação entre os Chakras emocionais delas e nosso, resultando daí uma canalização energética que faz com que energias delas passem direto para nós e vice-versa - este é, inclusive, um dos motivos que fazem com que, às vezes, essas pessoas se sintam muito melhor depois de estarem em nossa presença, compartilhando de nossas energias, mesmo sem que disso se apercebam.
Na verdade, e em outras palavras, quando nos ligamos, emocionalmente, ao problema de outrem ou de outrens, acabamos por criar pontes ou túneis de duas mãos, através dos quais energias circulam em trajetos de idas e vindas, Aura para Aura e, em casos como este, certamente acabamos abalados, uns mais, outros menos, pelas energias que acabamos por absorver.
Já perceberam, por exemplo, que não raramente, acontece de se ter mais inseguranças quando se trata de ajudar emocionalmente, mediunicamente ou em casos de doenças mais violentas, às pessoas que estão mais próximas a nós (marido, esposa, filho, tio, etc.) do que a um total desconhecido?
De onde vem essa insegurança? De onde vem esse medo de errar com eles já que não o temos com outros?
Já pensou sobre isso?
- "Mas o que fazer nessas situações?" - perguntariam.
- "Como me defender ou me livrar dessas sensações, já que possuo esse tipo de mediunidade?"
- "Isso acontece comigo e acabo ficando dias abalada(o) e até sem vontade de viver"...
- "Mas já que a pessoa fica melhor, isso também não é uma forma de CARIDADE? Então, se for é válida, não?"
- "Consigo menos com meus entes queridos porque tenho mais medo de errar com eles?"
MEDIUNIDADE "ESPONJA" PARTE II (FINAL)
Meus Caros e Prezados maninhos.
Antes mesmo de darmos continuidade ao assunto: Mediunidade "Esponja", gostaria de, mais uma vez, realçar a necessidade de estarmos sempre e sempre, o máximo possível, buscado nossos verdadeiros caminhos em direção à nossa Paz Interior e, consequentemente, à nossa Evolução Espiritual. Para tal, reforço a necessidade de pesquisarmos, compararmos informações, colocarmos em prática sempre que possível e conosco mesmo, possíveis ensinamentos que não venham a nos prejudicar em relação às práticas ritualísticas que escolhemos como religião, sejam elas quais forem.
É preciso que entendamos, lá dentro de nós, que MEDIUNIDADE não é coisa RELIGIOSA, não depende de RELIGIÃO e, embora possa ser orientada através delas, pode e deve ser estudada à parte por todos os que se preocupam com esse dom que, MUITO LONGE DE SER UMA PRAGA, pode ser, para os que a vêem com olhos e mentes equilibradas, um caminho para o auto-conhecimento e, consequentemente para um auto-equilíbrio, mormente quando chegamos a compreender que, através dela, temos a condição de nos conectar a outros planos de existência e chegarmos à conclusão final, lá bem dentro de nós, de que a MORTE não é MORTE.
Faço esse aparte porque, também não raramente, vejo entre nós mesmos, os que se dizem espíritas, espiritualistas etc, um terror incrível dessa tal de MORTE e também, quando não é o próprio caso, a revolta com a "MORTE" de entes queridos nossos que, às vezes, mesmo sofrendo em vida com males incuráveis por enquanto pelo menos, são mantidos "artificialmente vivos" numa ânsia de que, um dia, sei lá quando, possam reviver na própria matéria já "apodrecida", desde que isso não lhes interrompa a vida atual. Seria isso mesmo uma atitude divina? Prender na matéria doentia espíritos que poderiam estar livres para poderem reencarnar mais sadiamente?
Deixo isso para que todos pensem com muito amor a respeito e possamos debater futuramente, sem hipocrisias. Isso bem compreendido, vamos então à nossa conclusão. Ficamos, desde o início do assunto, com as seguintes colocações:
- "Mas o que fazer nessas situações?" - perguntariam.
- "Como me defender ou me livrar dessas sensações, já que possuo esse tipo de mediunidade?"
- "Isso acontece comigo e acabo ficando dias abalada(o) e até sem vontade de viver"...
- "Mas já que a pessoa fica melhor, isso também não é uma forma de CARIDADE? Então, se for é válida, não?"
- "Consigo menos com meus entes queridos porque tenho mais medo de errar com eles?"
Vamos partir do princípio de que você tenha a mediunidade esponja e, como já vimos, passa pelas sensações já descritas.
Sabendo de antemão, que essas sensações são fruto da canalização energética entre seu Chakra Solar e o das pessoas, e que esse SEU Chakra é ativado pelas SUAS EMOÇÕES, então o primeiro passo a ser seguido é: CONTROLE SUAS EMOÇÕES E PROCURE NUNCA SE SENSIBILIZAR COM OS PROBLEMAS ALHEIOS.
- "Ah, mas isso seria falta de caridade. Como não me sensibilizar com um problema que está me sendo levado por uma pessoa necessitada?" - diriam logo alguns.
Não se sensibilizar, não quer dizer, de forma alguma, NÃO AJUDAR, muito pelo contrário - você ajuda muito mais na medida em que NÃO PARTICIPA DAS MESMAS EMOÇÕES DAS PESSOAS, ou seja, consegue se manter isolado(a) dessas emoções e RACIONALMENTE EQUILIBRADO(A) para buscar as medidas certas a serem tomadas em cada situação.
Quando você se envolve emocionalmente com o problema ou os problemas alheios, acaba por se ver evolvido(a) nele e, pelo fato de haver trocas energéticas, nesse caso desordenadamente, descontroladamente, acaba também enfraquecido(a) pelas energias que recebe dele(s). Nesse caso, a possível "caridade", acaba por se tornar um verdadeiro inferno para quem tenta executá-la.
Cada um dos que possuem esse tipo de mediunidade, também o possuem em maior ou menor grau, exatamente como no caso das outras e, dessa forma, uns são mais afetados e outros menos. Há casos, como já foi dito, em que a sensibilidade é tanta que o médium, além de sentir o efeito das energias (dores, mal estar, etc.) que se traduzem em doenças, por exemplo, também ACABA FICANDO DOENTE, da mesma doença que a pessoa sofre - exatamente porque absorveu e não conseguiu se livrar das cargas energéticas doentias (verdadeiros miasmas).
Percebam que isso acontece muito em casos de mães e filhos. Quem já não ouviu falar ou mesmo passou pela experiência de ter um(a) filho(a) sofrendo de um mal e a mãe sentir todas as dores por ele(a)?
Eu mesmo tive nefrite e pielite (inflamação e pus nos rins) quando criança e quem sentia as dores nos rins, que eu deveria sentir, era minha mãe que já tinha mediunidade na época mas sequer pensava em tratá-la. Isso era TABU em nossa família.
Ainda pelo lado do abalo energético por que a pessoa passa pelo fato de ter recebido da outra um excesso de cargas negativas, devo explicar que esse fato acaba por induzir no médium um certo grau de INSTABILIDADE EMOCIONAL (fora o resto) com conseqüente INSEGURANÇA que, por sua vez, acaba aumentando ainda mais sua instabilidade emocional e por aí vai. Já deu pra perceber que, se isso continua, aonde vai parar esse
médium, não?
Bem compreendido o primeiro passo, vamos então ao segundo:
Sabendo-se portador desse tipo de sensibilidade e querendo realmente ajudar sem ser afetado(a), antes de entrar em contato com pessoas com grandes problemas, CRIE MENTALMENTE UMA BARREIRA ENERGÉTICA ENTRE VOCÊ E ELAS.
Sua mente, mesmo que você não queira crer, pode comandar as energias que o(a)
circundam de forma a auxiliá-lo(a) ou não. Perceba que, se você está sendo atuado através de seu Chakra Solar, isto só está acontecendo porque sua mente se deixa envolver pelos problemas dos outros, o que faz com que o Chakra emocional se abra e receba o que não deve. Ora, se isto acontece assim, por que não acontecer de forma diferente? Se sua mente pode abrir o Chakra, porque não pode fechá-lo?
NÃO PODE SE VOCÊ NÃO CRER NISTO!
Através da força de sua mente você pode criar uma espécie de parede energética que será tão forte quanto sua vontade e crença de que a está construindo (É PRATICAR PARA VER SE É VERDADE OU NÃO!) e, com isso, manter-se isolado(a) para que possa raciocinar equilibradamente com o fim de, aí sim, AJUDAR SEM SER AFETADO(A).
Ajudar sendo afetado(a) é o mesmo que DESPIR UM SANTO PARA VESTIR O OUTRO. Você não precisa ficar mal para que outros fiquem bem! Entenda isso, pelo amor de Deus. Isso não é caridade, é ingenuidade!
Ah, mas então eu também posso fazer minha firmeza antes e pedir proteção dos meus Guias, certo?
Pode sim! Claro que pode. Mas será que você vai poder sempre ter esse tempinho para fazer sua firmeza, acender suas velas, arrumar o Gongá, etc.? Será que uma situação como esta não poderá acontecer na rua, numa casa que você esteja visitando em que morem até mesmo pessoas que não comunguem com sua crença? Pois é! Pode sim, certo? E aí?
Vou deixar bem claro, e espero que você entenda, senão hoje, mas pelo menos algum dia que, Protetores e Guias NÃO SÃO CABIDES nos quais devamos nos pendurar eternamente sempre que algum perigo nos rondar. O Pai ou Mãe maior (depende de sua crença) nos presenteou com nossos próprios meios de subsistência nesse campo. O que precisamos é aprender a usar nosso potencial, nossa FÉ e, para isso, temos que:
1) Perder os medos;
2) Acreditar em nós mesmos, em nossos potenciais (não confunda com prepotência);
3) Ativar a Força que temos em nossa mente;
4) Usar essa coisa que todos acham muito bonito falar (a Fé) e quase ninguém a põe em prática e, com isso;
5) Colaborar positiva e eficazmente com esses nossos Protetores e Guias, guardando-os apenas para situações incontestáveis.
Mas digamos que mesmo criando sua barreira você ainda foi afetado(a) pelos problemas do(a) necessitado(a). O que fazer então?
Primeiro passo: Trabalhe em sua mente, atuando em sua Aura, para que ela se liberte dessas energias. Isto pode ser feito através de mentalizações durante as quais você deverá concentrar seu pensamento de forma a criar uma imagem mental (uma forma-pensamento, lembra-se?) na qual essa energia que o(a) incomoda começa a se deslocar pelas mãos e pés, por exemplo, abandonando seu corpo. Você pode, se achar melhor, fazer isso até debaixo do chuveiro imaginando que essa energia se esvai ralo abaixo (e isso funciona, pode ter certeza!). Pode mesmo fazer uso da ajuda de banhos específicos de acordo com a ritualística que você segue, desde que sua mente esteja firmemente direcionada para os objetivos a serem alcançados - se livrar da(s) energia(s) que o(a) incomoda.
Na medida em que você conseguir um controle maior sobre sua mente, muitas vezes nem vai precisar de rituais específicos de liberação, mas enquanto isso não é possível, vá por exemplo à beira do mar e entregue a Yemanjá essas energias que o(a) estão acompanhando. Ou pare numa encruzilhada, peça licença e chame seu Exu Guardião pedindo-lhe que o(a) ajude a se livrar daquele "carrego". Mas o mais importante em qualquer um desses casos, é que SUA MENTE, a mesma que abre ou fecha seus canais de comunicação com essas energias, ESTEJA DISPOSTA A LIBERÁ-LAS. Dá para entender?
Uma outra coisa bem importante é que: DESCARREGUE-SE O QUANTO ANTES - quanto mais tempo essas energias permanecerem em sua Aura, mais se agregarão a ela e, ato contínuo, acabarão por trazer sérios inconvenientes para você além, é claro, do fato de que, QUANTO MAIS AGREGADAS, MAIS DIFÍCEIS DE SEREM RETIRADAS.
Se você começar a pensar assim, indiferentemente do fato de ser Umbandista, Candomblecista, Kardecista, etc, verá sérias modificações, para melhor, em sua vida mediúnica, desde que creia e fortaleça cada vez mais sua mente nesse sentido.
Esse problema do ENVOLVIMENTO EMOCIONAL é de tanta importância que em Candomblés e Umbandomblés existe, a rigor, a proibição de, por exemplo, o marido tratar ou mesmo mexer nos apetrechos ritualísticos de sua esposa, bem assim como de seus filhos etc. Meter a mão na cabeça, nem em sonhos!
Mas se você leu com atenção sobre o que um envolvimento emocional pode causar no médium, poderá muito bem entender o PORQUÊ DESSA PROIBIÇÃO, embora muitos que a propalam, só o façam por questões de TRADICIONALISMO, sem nem bem entender os motivos reais.
Uma outra coisa que vou aproveitar PARA QUE PESQUISEM EM SUAS EXPERIÊNCIAS PESSOAIS é o seguinte:
Os médiuns que estão mais propensos a esse tipo de mediunidade "esponja" são os que têm Omulu ou Obaluaiê até o terceiro santo e Oxum até o quarto. Também os filhos de Ogum (com menor propensão) se a coroa é de Ogum Megê (ou Mêge, como preferem alguns).
Nas Umbandomblés, Iansã do Bale preferencialmente como primeiro ou segundo santo e também os filhos de Oxalá Alufan ou Oxalufan costumam ter esse tipo de mediunidade mais aflorada.
Você acha que me arrisquei dizendo isso? Pesquise então! Observe pessoas com essas configurações de coroa e pergunte-lhes se isso acontece com eles ou não. Se não mentirem ... Você verá, com o tempo, padrões energéticos bastante semelhantes entre todos. Vou mais a fundo ainda. Um médium que tenha na coroa Oxum e Omolu (ou Obaluaiê) como primeiros santos, sendo qualquer um dos dois o primeiro, se não tiver um Ogum ou Oxossi no terceiro, com certeza tenderá a ser "esponja", ou seja, terá mais aflorado esse tipo de sensibilidade. É muito importante, no entanto, que você entenda que a presença desse tipo de sensibilidade muito aflorada nesses médiuns NÃO É OBRIGATÓRIA. Costuma acontecer MAIS com eles por razões que não cabem aqui, no momento, discutirmos. Espero ter podido colaborar um pouco mais e positivamente com o conhecimento de todos. Quaisquer dúvidas sobre o texto ou mesmo novas que tenham decorrido dele, estou pronto a esclarecer. Recebam todos um Sincero e Fraterno Abraço e votos de que OXALÁ nos guie sempre pelos caminhos da verdadeira LUZ.
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